Os principais cursos de água do município apresentaram elevação considerável ao longo desta semana devido a intensidade das chuvas que começaram a cair desde o último final de semana. Na quarta-feira de Cinzas, 18, choveu pouco mais de 72 milímetros, segundo dados fornecidos pelo SAAE (Serviço Autôno­mo de Água e Esgotos), volume pouco menor do que choveu durante todo o mês de janeiro, quando foram registrados 83,7 mm.

Na quarta-feira a equi­pe da Defesa Civil do Mu­nicípio estava em estado de alerta. “Ficamos moni­torando o nível do Ribei­rão da Penha por causa das chuvas localizadas na cidade e também por causa daquela que vem da cabeceira do Ribeirão”, informou o coordenador da Defesa Civil, Romeu Job de Souza. Segundo ele, em situações de chuvas mais intensas existe toda uma rede de informações entre os municípios vizi­nhos para a prevenção de incidentes.

Ao atingir a barreira dos 210,1milímetros, as chuvas deste mês superaram in­clusive a média histórica do período que era de 178,6 mm, conforme dados do SAAE,compensando de certa forma o baixíssimo índice pluviométrico de janeiro passado. Somados janeiro e fevereiro do ano passado foram registrados 180,5 mm.Neste mesmo período de 2015, este ín­dice já atinge quase 300 mm.

As chuvas que caíram em Itapira e em boa parte do Estado de São Paulo trouxeram um alívio tem­porário para autoridades públicas às voltas com risco de desabastecimento de água. Também para a agricultura elas vieram em boa hora. Segundo o engenheiro chefe da Casa da Agricultura de Itapira, Ivo Marcos Peres Faria, apesar de algumas culturas, notadamente o milho, terem tido quebra de safra por causa da fal­ta de água em janeiro, as chuvas recentes tra­zem um alento para as culturas de café, citros e pastagens. “A chuva renovou de certa forma o otimismo de muitos agricultores, até mesmo porque já contribui para a elevação do nível dos mananciais”, projetou.

Estragos

Na Secretaria de Ser­viços Públicos já está em andamento um regime especial de atendimento para estradas rurais. O secretário Adolfo San­ta Luccia Junior, o Fifo, disse que apesar do bom volume de chuvas, não foram registrados casos de interrupção do tráfego na malha viária que liga as diversas localidades da zona rural ao períme­tro urbaqno. “Fizemos um trabalho preventivo. Existem alguns casos pon­tuais onde a lama está mais densa, mas nada que impeça o tráfego de veí­culos. Temos um regime de plantão para prestar socorro imediatamente se for o caso”, garantiu.

Fifo disse ainda que outra frente a ser atacada diz respeito aos buracos nas ruas que começam a aparecer em várias partes da cidade. “Este é um outro ponto que costumamos dar uma atenção muito especial porque é normal, devido as chuvas, que aumente consideravelmente o nú­mero de buracos nas ruas e avenidas”, comentou.

Nível do Ribeirão da Penha sobe quase três vezes mais

O Ribeirão da Penha, cuja elevação do nível das águas é motivo de constante preocupação da Defesa Civil

O Rio do Peixe também apresentou grande volume de água

Rio Manso ficou muito perto de transbordar fora de sua calha na quarta-feira